Muitos de nós sofrem entrando em desespero. Mesmo assim, não tomamos consciência de que o desespero é só a ausência de fé. Se estivermos dispostos a pedir a ajuda de Deus para as nossas dificuldades, não haverá razão para desespero. Quando eu tenho problemas e não consigo ver uma saída, isso só acontece porque imagino que todas as soluções dependem de mim. O Programa dos Jogadores Anónimos ensina-nos a deixar que esses grandes problemas sigam o seu curso e que Deus os resolva por nós (...)

Eu sabia que precisava de recomeçar e o recomeço teria de ser aqui. Não poderia recomeçar noutro sítio qualquer. Precisava de abandonar o passado e de esquecer o futuro. Enquanto segurasse o passado com uma mão e o futuro com a outra, nada me restaria com que agarrar o presente. Assim, tive de recomeçar aqui e agora (...)

Muita gente reza como se estivesse a tentar superar a vontade de um Deus relutante, em vez de acolher em pleno a determinação de um Deus amoroso. Nos pontos mais avançados do nosso jogo compulsivo, a vontade de resistir já nos tinha fugido. E, mesmo assim, quando admitimos a nossa derrota total e ficamos completamente disponíveis para os princípios do nosso Programa, livramo-nos da nossa obsessão e entramos numa nova dimensão — a dimensão da liberdade, sob um Poder Superior que é o do nosso entendimento (...)

Escreveu o filósofo Søren Kierkegaard: “Apoiar-me só numa perna e provar a existência de Deus é uma coisa muito diferente de ajoelhar-me e agradecer-Lhe.” É a minha confiança num Poder Superior, a trabalhar dentro de mim, que hoje liberta e ativa a minha capacidade de transformar a minha vida numa experiência mais feliz e mais satisfatória. Não consigo fazer isto se depender só de mim e das minhas ideias limitadas (...)