Às vezes ouvimos alguém dizer: “ele tapa a sua própria luz”. Uma imagem mental revela, então, claramente que muitos de nós tendemos a fazer sombra à nossa própria felicidade, devido a ideias erradas. Precisamos de aprender a deslocar-nos para o lado para que a luz possa brilhar sobre nós e sobre tudo o que fazemos. Só assim podemos ver-nos e às circunstâncias com autêntica clareza. Com o Programa de Recuperação dos Jogadores Anónimos já não precisamos de tapar a nossa própria luz e de tentar resolver, sozinhos, os nossos problemas no meio da escuridão.

Estou grato aos meus amigos do Programa de Jogadores Anónimos. Neste exato momento tenho consciência das bênçãos da amizade — as bênçãos das reuniões, da partilha, de sorrir, de escutar e de estar disponível quando necessário. Neste exato momento sei que, para ter um amigo, preciso de ser um amigo.

Poderei sempre alcançar força e satisfação ao saber que pertenço a uma Irmandade de âmbito mundial. Milhares de pessoas como eu, a trabalhar juntas com o mesmo propósito. Nenhum de nós jamais precisará de estar sozinho outra vez, porque cada um de nós trabalha, à sua maneira, para o bem dos outros. Estamos unidos por um problema comum, que pode ser solucionado através do amor, da compreensão e da prestação de serviço mútuo. O Programa dos Jogadores Anónimos — como diz o refrão do hino antigo — funciona pela graça de Deus.

O fundador da IBM, T. J. Watson, disse: “O sucesso está no extremo oposto do fracasso.” Para a maioria dos jogadores compulsivos, nada poderia ser mais verdadeiro. Sem um fracasso após outro, jamais seríamos capazes de perceber que perder uma aposta não era a causa dos problemas na nossa vida mas, sim, fazer a primeira aposta. Só depois de termos atingido ou superado o nosso doloroso limite para suportar fracassos é que nos tornámos aptos a perceber que, por outro lado, ter sucesso não significa ganhar: ter sucesso significa não apostar. Assim, o sucesso depende muito mais da ação — a opção de não jogar — do que da reação.