Consigo estar grato, do fundo do meu coração, pelo dia de hoje? Se conseguir, estarei a abrir as portas para um bem cada vez maior. E se não consigo estar grato pela “chuvada” que desabou na minha vida — aquilo a que chamamos os tempos maus —, o que é que posso fazer? Posso começar por dar graças por aqueles dias em que, pelo menos, me posso lembrar de que o sol nasceu; e por todas as bênçãos que fui tendo. Talvez, aí, eu seja capaz de ver os períodos “chuvosos” da minha vida passada com outra perspetiva, considerando-os como necessários; talvez, aí, as bênçãos que ignorei por não lhes ter dado a devida importância, sejam agora dignas da minha atenção.