A maioria de nós em Jogadores Anónimos, sente-se mais confortável com a determinação de que não faremos a primeira aposta hoje, do que com o “juramento” de que nunca mais jogaremos. Dizer – Não pretendo jogar mais – é bem diferente do que dizer – Nunca mais vou jogar. A segunda afirmação é uma reflexão exagerada resultante da vontade própria; pois ela não deixa muito espaço para a noção de que nossa obsessão com o jogo será removida, se praticarmos os Doze Passos de Recuperação de JA, um dia de cada vez.

A nossa velha inimiga, a vontade própria, usa uma máscara, que me confronta com a seguinte racionalização: - Por que tenho que depender de Deus? Será que ele não me deu ele inteligência para pensar por mim próprio? Quando tais pensamentos aparecem, preciso de parar um instante, e lembrar-me de que nunca fui realmente capaz de alcançar os resultados que desejei, quando dependi apenas dos meus próprios recursos.

Uma vez, numa reunião realizada numa igreja, vi escrito num vitral: “Deus é Amor”. Por alguma razão, a minha mente reordenou aquelas palavras para “Amor é Deus”. Olhando à minha volta e tornando-me ainda mais consciente da atmosfera de Amor e Poder daquela pequena sala de reuniões, cheguei à conclusão de que, quer uma frase, quer a outra são verdadeiras. Continuarei a procurar esse amor e Poder, seguindo o Programa de Jogadores Anónimos como se minha vida dependesse dele – como realmente depende.

Aristóteles escreveu que “Somos o que fazemos repetidamente; assim, a excelência não é uma ação, mas um hábito”. Repetindo as minhas ações de jogo, tornei-me progressivamente mais propenso a fazê-las vezes sem conta. Assistindo às reuniões assiduamente, falando com o meu Poder Superior, partilhando os meus sentimentos e mantendo-me em contacto com os membros de Jogadores Anónimos entre as reuniões, tornei-me parte do que estou a fazer: parte da Irmandade de JA (...)