A oração pode me trazer muitas recompensas. Uma das maiores é o sentimento de pertença que me oferece. Já não vivo como um estranho numa terra estranha e como um extraterrestre num mundo completamente hostil. Já não me sinto perdido, assustado e sem objetivos. Eu faço parte de alguma coisa. Nos Jogadores Anónimos, descobrimos que quando começamos a vislumbrar a vontade de Deus — quando começamos a ver a verdade, a justiça e o amor como coisas reais e eternas da vida (...)

“A oração não muda nada em Deus”, escreveu Soren Kierkegaard “…mas muda aquele que reza”. Aqueles de nós, no Programa de JA, que aprendemos a fazer um uso regular da oração não desistiríamos dela da mesma maneira que não desistiríamos da luz do sol, do ar puro ou da comida — e pela mesma razão. Da mesma forma que o corpo pode definhar e falhar por falta de nutrição, a alma também pode. Todos precisamos da luz da realidade do Poder Superior, do alimento da Sua força, e da atmosfera da Sua graça (...)

Ao observar longamente e com dureza aqueles defeitos que tenho pouca vontade ou relutância em deixar para trás, o que devo é apagar as linhas rígidas que tracei. Serei, então, nalguns casos, capaz de dizer: “Bem, deste ainda não consigo livrar-me…” A única coisa que eu nunca deveria dizer é: “Deste aqui eu jamais me libertarei.” (...)

Qual é a causa do jogo compulsivo? Fomos jogar por causa de algum defeito, de algum fracasso ou situação de vida? O livro Um Novo Começo dos JA diz: “Não sabemos…e não podemos dar-nos ao luxo de nos preocuparmos com isso. Aqueles que vêm ter connosco precisam de ajuda imediata (…). Os benefícios da introspeção e da especulação são insignificantes quando comparados com as recompensas de ajudar outros a recuperar as suas vidas.” (...)