Jamais me posso esquecer de quem sou, do que sou e de onde venho. Tenho de lembrar-me da origem da minha doença e de como era eu antes de entrar em JA. Tentarei manter a minha memória fresca, mas sem perder o meu tempo a remoer morbidamente o passado. Não vou ter medo de usufruir o que é belo, e de acreditar que aquilo que eu dou aos outros, os outros me dão a mim.

Posso dar-me ao luxo de esquecer como era o passado, nem que seja por um minuto?

Hoje eu peço:

Que eu nunca me esqueça dos dias dolorosos da minha compulsão pelo jogo. Que jamais me esqueça de que é a mesma desgraça aquilo que me espera se eu voltar ao meu comportamento antigo. Ao mesmo tempo, que esses relances pelo passado não sirvam senão para aumentar a minha força atual e a força doutros como eu. Senhor, por favor, não permitas que eu traga essas lembranças de volta no sentido de suplantar os meus companheiros com as minhas “histórias de guerra”. Tal como outros jogadores compulsivos, tenho de desconfiar da minha vontade de me pôr no centro das atenções.

Hoje vou lembrar-me:

Vou mais longe, quando não estou a pensar em ultrapassar os outros.