30 de Outubro/ Reflexão do Dia

Quando sou motivado pelo meu orgulho – pela escravidão a mim mesmo – fico parcial ou totalmente cego às minhas responsabilidades e defeitos. Neste momento, a última coisa que preciso é de conforto. Em vez disso, preciso de um amigo compreensivo no Programa de Jogadores Anónimos – um amigo que, sem hesitação, cavará um buraco na parede que o meu ego construiu, para que a luz da razão possa voltar a brilhar através dela (…)

29 de Outubro/ Reflexão do Dia

Praticamente, todos nós sofremos o defeito de orgulho quando procurámos ajuda através do Programa dos Doze Passos e da Irmandade dos jogadores compulsivos que estavam a recuperar e que realmente compreendiam o que sentíamos e onde estávamos. Aprendemos sobre as nossas fraquezas – e de orgulho, em particular – e começamos a substituir a satisfação pessoal por gratidão pelo milagre da nossa recuperação, gratidão pelo privilégio de trabalharmos juntos, e gratidão pela graça de Deus, que nos permitiu transformar a catástrofe em crescimento e bons presságios (…)

28 de Outubro/ Reflexão do Dia

Nunca deixei de me surpreender com o facto dos temas das reuniões em que participo pareçam tão adequados à minha própria vida naquele momento em particular. Só podemos ser alunos na presença de um professor – e quando o aluno está pronto, o professor aparece. Só podemos aprender se nos ensinarem, e só podemos ensinar depois de aprendermos. Cheguei à compreensão de que, embora Deus seja o maior professor de todos, muitas vezes aprendemos com os outros o que Ele ensinou (…)

27 de Outubro/ Reflexão do Dia

O Quarto Passo do Programa de Jogadores Anónimos sugere que façamos um destemido inventário moral e financeiro de nós mesmos. Para muitos de nós, especialmente os recém-chegados, a tarefa parece impossível. Sempre que pegamos no lápis e tentamos olhar para dentro, o Orgulho diz-nos com sarcasmo: “Não tens de te preocupar em olhar”. E o Medo avisa-nos: “É melhor nem olhar”. Por fim, descobrimos que o orgulho e o medo são apenas nuvens de fumo, as linhas de névoa em que tecemos a mitologia das nossas velhas ilusões (…)

26 de Outubro/ Reflexão do Dia

De vez em quando, quando vir a frase “Para lá irei, sem a graça de Deus”, lembro-me de como proferi estas palavras quando vi outras pessoas cuja compulsão de jogar as levou a um estado que considerei “sem esperança e sem saída”. Essa frase há muito que se tinha tornado uma válvula de fuga para mim, reforçando a negação da minha compulsão, levando-me a acreditar que podia apontar para outras pessoas aparentemente piores do que eu. O refrão que eu estava sempre a repetir era: – “Se alguma vez ficar assim, paro de jogar” (…)

25 de Outubro/ Reflexão do Dia

A minha compulsão por jogar era como se eu fosse um ladrão de várias maneiras. Ela roubou-me não só dinheiro, propriedade e outras coisas materiais, mas também dignidade e autorrespeito, enquanto a minha família e amigos sofriam como eu. O jogo também me roubou a capacidade de me tratar adequadamente, da maneira que como Deus o faria. Hoje, em total contraste, sou capaz de me amar verdadeiramente – ao ponto de poder dar mais amor do que aquele que realmente preciso (…)

24 de Outubro/ Reflexão do Dia

Dag Hammerskjold escreveu que “não se pode brincar com o animal que está dentro de nós, sem se transformar completamente num animal; jogar com a falsidade sem perder o direito à verdade; ou brincar com a crueldade sem perder a sensibilidade”. Aquele que deseja ter o jardim perfeito não pode reservar um “cantinho” para as ervas daninhas. Se eu quiser que o meu jardim esteja livre dessas ervas, preciso ter cuidado para não deixar espaço para as mesmas crescerem, e ser então apanhado de surpresa (…)