26 de Janeiro/ Reflexão do Dia

A liberdade pessoal é minha e é para eu a assumir. Por mais estreitos que sejam os laços de afeto e preocupação que me ligam à família e aos amigos, nunca me devo esquecer de que sou um indivíduo, livre para ser quem sou e viver a minha vida com serenidade e alegria. A palavra-chave deste entendimento é “individual”. Porque posso libertar-me de muitos compromissos que na aparência são necessários. Através do Programa de Jogadores Anónimos, vou aprendendo a desenvolver a minha própria personalidade.

25 de Janeiro/ Reflexão do Dia

Mesmo com um entendimento crescente do Programa de Jogadores Anónimos e dos Doze Passos, por vezes podemos ter dificuldade em acreditar que o nosso novo modo de viver nos conduza à liberdade pessoal. Vamos supor, por exemplo, que me sinto acorrentado a um trabalho de que não gosto ou a um relacionamento pessoal problemático. O que é que estou a fazer em relação a isso? No passado, o meu comportamento típico era tentar manipular as coisas e as pessoas para as tornar mais ao meu gosto. Hoje, percebo que não é assim que se alcança a felicidade.

24 de Janeiro/ Reflexão do Dia

Entre os muitos dons que recebemos com o Programa de Jogadores Anónimos, está o dom da liberdade. No entanto, e paradoxalmente, o dom da liberdade não chega sem um preço: a liberdade alcança-se pagando o custo a que se chama aceitação. Da mesma forma, se podemos render-nos à orientação do Poder Superior, isso custa-nos a nossa vontade-própria, essa “mercadoria” tão preciosa para aqueles, entre nós, que sempre acreditaram que podiam e deviam ser os donos de todo o espetáculo.

23 de Janeiro/ Reflexão do Dia

Nunca devemos ficar cegos pela ideia de que somos só vítimas ocasionais da nossa herança, das nossas experiências de vida e do nosso ambiente — e de que essas são as únicas forças que nos fazem tomar decisões. Não é essa a via para a liberdade. Precisamos de acreditar que realmente podemos ter escolha. Como pessoas compulsivas, perdemos a nossa capacidade de escolher entre alimentar ou não a nossa doença. Mesmo assim, acabámos por fazer as escolhas que nos trouxeram à recuperação.

22 de Janeiro/ Reflexão do Dia

Num sentido muito concreto, ficamos aprisionados pela nossa falta de capacidade ou de vontade para procurar a ajuda de um Poder superior a nós mesmos. No entanto, ainda a tempo, suplicamos para que nos libertem da escravidão a nós mesmos, para podermos satisfazer melhor a vontade do Poder Superior. Nas palavras de Ramakrishna, “o sol e a lua não se espelham em águas turvas e, da mesma forma, o Todo-Poderoso não se pode espelhar num coração obcecado com as ideias do eu e do meu.”

21 de Janeiro/ Reflexão do Dia

Cada pessoa faz parte da economia Divina. Somos todos filhos de Deus, e é pouco provável que Ele queira favorecer mais uns do que outros. Por isso, é preciso sabermos aceitar todas as dádivas positivas que recebemos com grande humildade. Temos que ter sempre em mente que as nossas atitudes negativas foram necessárias para que fôssemos levados a um estado em que, através da experiência da conversão, ficássemos prontos para a dádiva das atitudes positivas.

20 de Janeiro/ Reflexão do Dia

Percebo que, quando me deixo ficar focado no problema, o problema piora. Mas se me dedico à solução, a situação melhora. Os meus problemas financeiros, hoje, têm uma importância muito menor quando eu me concentro na minha recuperação e na abstinência contínua, ao invés de perder tempo a desejar que as dívidas não existissem. As grandes ilusões que eu tinha sobre uma riqueza sem dívidas, hoje são só isso: ilusões. A minha felicidade atual depende da minha aceitação dos encargos financeiros que eu próprio criei — e dos planos que tenho para os pagar de maneira razoável.

19 de Janeiro/ Reflexão do Dia

Foi muito mais fácil para mim aceitar a minha impotência perante o jogo do que aceitar a ideia de que algum tipo de Poder Superior poderia conseguir fazer o que eu sozinho não fui capaz de fazer. Só através da procura de ajuda e da aceitação da companhia de outros que sentiam uma aflição semelhante à minha, consegui largar a vontade-própria. Percebi que, se eu estava a conseguir fazer o que sozinho tinha sido incapaz de fazer, tinha de haver um Poder para além do meu que era obviamente superior.

18 de Janeiro/ Reflexão do Dia

Se estamos determinados a parar de jogar, não pode haver reservas quanto a isso, nem qualquer ideia escondida de que um dia a nossa compulsão reverterá por si mesma. A nossa regeneração chega através do magnífico paradoxo dos 12 Passos: o fortalecimento nasce da completa derrota, e a perda de uma vida antiga é condição para se encontrar uma nova.

17 de Janeiro/ Reflexão do Dia

Já me disseram vezes sem conta que tenho de trabalhar constantemente para largar as minhas velhas ideias. “Isso é fácil de dizer” — pensei eu cá comigo, uma vez ou outra. Fui programado toda a vida como se fosse um computador: “inputs” específicos deram origem a reações previsíveis. A minha mente ainda tende a reagir como um computador, mas eu estou a aprender a destruir os antigos arquivos e, literalmente, a reprogramar-me.