20 de Março/ Reflexão do Dia

Quanto mais tempo estou nos Jogadores Anónimos, mais a palavra de ordem “as primeiras coisas em primeiro lugar” se torna importante. Eu costumava acreditar que a minha família, a minha vida em casa e o meu emprego estavam em primeiro lugar. Mas hoje sei, do fundo do coração, que se não conseguir ficar em abstinência, não terei nada disso. “As primeiras coisas em primeiro lugar” significa que tudo, na minha vida, depende da minha abstinência do jogo.

19 de Março/ Reflexão do Dia

Fazer a minha última aposta nunca mais será, para mim, gastar apenas alguns minutos e deixar umas moedas no jogo. No lugar da primeira aposta, eu vou depositar esse dinheiro na minha conta bancária, aplicá-lo na minha família, na nossa casa, no meu carro, no meu trabalho, na minha sanidade e, provavelmente, na minha vida. O preço da aposta é alto demais e o risco é enorme.

18 de Março/ Reflexão do Dia

Nos velhos tempos, costumávamos passar por experiências tão devastadoras que jurávamos com todo o fervor: nunca mais! Éramos totalmente sinceros nesses momentos de desespero. Mesmo assim e apesar de todas as nossas boas intenções, o resultado era inevitavelmente o mesmo. Por fim, a memória do nosso sofrimento apagava-se, bem como a memória das nossas ‘promessas’. E então fazíamos tudo outra vez, acabando num estado ainda pior do que aquele em que tínhamos feito o nosso último ‘juramento’.

17 de Março/ Reflexão do Dia

“Não nos deixeis cair em tentação” – oramos com estas palavras, pois temos a certeza de que a tentação nos espreita logo na próxima esquina. A tentação é insistente, poderosa e paciente. Nunca sabemos quando nos apanhará indefesos. A tentação pode vir através da banda sonora de um anúncio colorido, de um jingle publicitário, do néon ou do barulho do casino, do tilintar do dinheiro, ou, mais obviamente, através do impulso urgente ou da sugestão de outra pessoa.

16 de Março/ Reflexão do Dia

Os Jogadores Anónimos ensinam-nos que somos emocional e mentalmente diferentes dos nossos semelhantes. Somos lembrados de que a grande obsessão de todo o jogador compulsivo é provar, de alguma forma, que um dia será capaz de controlar o seu jogo. A persistência dessa ilusão é surpreendente e muitos perseguem-na até aos limites da prisão, da insanidade ou da morte.

15 de Março/ Reflexão do Dia

Houve dias, na minha recuperação, em que quase tudo parecia perdido e até mesmo sem qualquer esperança. Deixava-me ficar deprimido e com raiva. Percebo que não interessa o que eu pense ou como é que eu me sinto. O que conta é o que eu faço. Então, quando fico ansioso ou aborrecido, tento continuar a minha recuperação indo às reuniões, participando e trabalhando com outros membros no Programa de Jogadores Anónimos.

14 de Março/ Reflexão do Dia

O que me mantém hoje no caminho certo é o sentimento de lealdade aos outros membros dos Jogadores Anónimos, onde quer que eles estejam. Dependemos uns dos outros. Sei, por exemplo, que os desapontaria se alguma vez voltasse a jogar. Quando cheguei aos Jogadores Anónimos, encontrei um grupo de pessoas que não estavam só a ajudar-se umas às outras a absterem-se, mas estavam também a ser leais umas às outras através da própria abstinência.

13 de Março/ Reflexão do Dia

Toda a minha vida tentei encontrar noutras pessoas o apoio, a segurança e toda as outras coisas que compõem aquilo a que eu agora chamo serenidade. Mas agora percebo que estava sempre à procura no sítio errado. A fonte da serenidade não está fora de nós, mas dentro de nós mesmos. O reino está dentro de mim, e eu já tenho a chave do reino. A única coisa que preciso de fazer é estar disposto a usá-la.

12 de Março/ Reflexão do Dia

Se examinarmos cada uma das nossas perturbações, grandes ou pequenas, descobriremos nelas as raízes de algumas das dependências doentias e das suas resultantes urgências de tratamento. Que, com a ajuda do Poder Superior, possamos superar continuamente essas obrigações castradoras. Desta forma, estaremos livres para viver e para amar. Poderemos, então, ser capazes de praticar o 12º Passo, tanto quanto os outros onze, alcançando o bem-estar emocional.

11 de Março/ Reflexão do Dia

Desde que cheguei aos Jogadores Anónimos, comecei a reconhecer a minha antiga incapacidade de criar uma parceria verdadeira com outra pessoa. Parece que a minha egomania criou duas crateras desastrosas. Ou eu insistia em dominar as pessoas que conhecia, ou dependia demasiadamente delas. Os meus amigos do Programa JA ensinaram-me que a minha dependência representava uma necessidade — a necessidade de posse e controlo das pessoas e das condições à minha volta.